Viver melhor é bem melhor

Se considerarmos que o conceito de saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, podemos afirmar que, quanto mais saúde, menos doença. Portanto, menos gastos desnecessários, menor desperdício de recursos, maior produtividade.

Quando as estatísticas falam em aumento nos atendimentos de serviços de saúde, deveríamos nos preocupar. Significa que estamos tendo mais doenças e menos saúde. É fundamental investir em equipamento, recursos humanos e materiais para atendimento em saúde. O que precisamos fazer ainda é investir em prevenção, o melhor remédio para todos os males.

A ação preventiva é mais barata e eficaz.

Precisamos disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável, em detrimento dos que comprometem a boa saúde. Promover a discussão sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao acompanhamento da prática da cidadania no trato da causa pública.

Ações simples, feitas em casa ou nas empresas, promovem melhorias nas condições de vida e significativa diminuição dos gastos em remédios e tratamentos. Qualidade de vida se reflete em bons resultados, desempenho superior, ganhos qualitativos e quantitativos.

Controlar a vontade de comer doces, chocolates, refrigerantes em excesso. Vencer a preguiça e fazer mais exercícios físicos. Não colocar em risco a saúde através do uso de cigarros, drogas, álcool, atividades de risco, imprudência.

Qualidade de vida é um aspecto pouco valorizado e compreendido, já que suas interpretações são tidas subjetivas e pessoais. O objetivo é mudar o pensamento de acumular cada vez mais dinheiro para a ideia de viver cada vez melhor. O importante é que a pessoa priorize a satisfação ao consumo. Viver bem não significa comprar mais um celular ou outro carro, e sim aproveitar a vida. Ter mais dinheiro não significa ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O importante é planejar-se para ter o suficiente, sem consumir com exagero e desperdício.

Patrimônio no Brasil se compreende em quantos carros, móveis e imóveis você possui. Pior, o brasileiro quer possuir esses bens ainda que seus pagamentos sejam arrastados durante anos, num ciclo completamente automatizado. Isso não é construir patrimônio. Pense que essa estratégia envolve diversos custos e que, para manter tal raciocínio vicioso, você precisará estar sempre se vendo assalariado ou com uma fonte fixa de renda.

Qualidade de vida é patrimônio e seu maior patrimônio é você mesmo.

Qualidade de vida é ter o que você merece, mas também ter responsabilidade e preparo para poder sempre correr atrás do que merece. Você quer aprender a viver melhor? Reserva de emergência, investimento de longo prazo, plano de aposentadoria, planejamento financeiro e orçamento são palavras que associamos a de vida inteligente.

Portanto, reflita. Aproveite seu patrimônio, sua vida, sua saúde. Sempre é tempo de recomeçarmos para construir um novo fim.

Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em administração, professor do curso de Gestão Empresarial da Fatec/STZ e da Unip/RP, membro da Academia de Letras de Sertãozinho - ASEL.